ALMA DESERTA (soneto) A minha alma está... Luciano Spagnol - poeta...

ALMA DESERTA (soneto) A minha alma está deserta Oca de silêncio, de barulho Deserta de presença, oferta O sonho tornou um engulho Desabou em andarilha, referta ... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

ALMA DESERTA (soneto)

A minha alma está deserta
Oca de silêncio, de barulho
Deserta de presença, oferta
O sonho tornou um engulho

Desabou em andarilha, referta
Esquecida em um embrulho
Num deserto e ali descoberta
O teu mapa virou um entulho

Minha alma tornou-se deserta
Lembranças vazias, um arrulho
Sem sombra e sem um alerta

Minh'alma está um pedregulho
De mim mesmo está deserta
Eu sem ela, estou um bagulho

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
01 de maio, 2017
Cerrado goiano