SONETO SEM SORTE Amor, quantos espinhos... Luciano Spagnol - poeta...

SONETO SEM SORTE Amor, quantos espinhos há na tua haste Arranhando a solidão aqui no meu peito Errante nos sóis e chuvas, sem ser eleito Entre estações sós, num... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

SONETO SEM SORTE

Amor, quantos espinhos há na tua haste
Arranhando a solidão aqui no meu peito
Errante nos sóis e chuvas, sem ser eleito
Entre estações sós, num triste contraste

Saudades passam, e não passa o efeito
Porém, tu e eu, amor, no mesmo engaste
O fado faz que a desventura nos arraste
Por outonos, num desfolhamento do leito

Pensar que custa tanto, tanto desgaste
Quando poderia ser diferente, ser feito
Com companhia, desde que chegaste

Mas tu e eu simplesmente sem preceito
Ali onde o passado no remorso choraste
Semeamos a sorte sem nenhum proveito

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano