SONETO NA CHUVA Quantas vezes, pés... Luciano Spagnol - poeta...

SONETO NA CHUVA Quantas vezes, pés descalços, enxurrada A minha infância, na inocência eu brinquei Águas em versos, chuva molhada, sopeei: Quantas vezes eu nave... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

SONETO NA CHUVA

Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?

Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...

Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada

Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano