SONETO DE INVERNO Frio, uma taça de... Luciano Spagnol - poeta...

SONETO DE INVERNO Frio, uma taça de vinho, face em rubor No cerrado ivernado pouco se aquece Um calor de momento, o vinho oferece E a alma valesse neste desfrut... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

SONETO DE INVERNO

Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado pouco se aquece
Um calor de momento, o vinho oferece
E a alma valesse neste desfrutar maior

Arrepio no corpo, do apego se apetece
Pra esquentar a noite, tornar-se ardor
Acalorando o alento do clima ofensor
Tal é perfeito, também, o afeto tece

E na estação de monocromática cor
De paixões, de misto sabor, aparece
Os mistérios, os desejos, os sentidos

Assim, embolados nas lareiras, o amor
Regado de vontades, no olhar floresce
Pra no solstício de novo serem acolhidos

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano