Um dia encontrei um menino. Ele era... Paulo Henrique Batista

Um dia encontrei um menino. Ele era puro, corria sempre mais rápido quando via que podia deixar quem ele amava, um pouco mais feliz... Uma vez eu também o vi, triste, na verdade só escutei, seu sussurro fraco talvez fosse uma das coisas mais insurdecedoras que já escutei. A madrugada parecia se estender por uma eternidade quando ele começava a chorar. Um olhar, um toque, talvez poucas coisas consigam transcrever e transcender sem usar as palavras. Para o menino, muitas palavras não importam, às vezes só o bater da porta já lhe devolve a esperança, ficar só parece desolador para alguns, mas para esse menino é libertador. Nilista, cético, triste. Nada definiu tão bem o poeta que lhe descreve. Porque no final, talvez ele também seja o menino. Na verdade, todos nós temos esse menino, seja por amor, pela dor, por amizade ou por tudo isso junto... Um dia ele vem ou normalmente nas noites ele vem... Não deixe que seu menino morra, ele um dia vai voltar a correr, brincar, pular... Talvez seja amanhã, talvez não seja.