Memórias... Cada vez que pego na caneta... Elisa Salles
Memórias...
Cada vez que pego na caneta
invoco lembranças tuas...
Foi a tanto tempo, meu bem
... Mas o que é o tempo
contra o amor?
Nem mesmo sei por onde andas
Com quem escreves tua vida...
Se pensas em mim quando olhas o oceano
Quando as ondas beijam teus pés,
lembras dos beijos meus?
Tão seus...
Encontro poesia nestas memórias
Componho meu verso ao som do amor perdido
E nas madrugadas, quando ouço as ondas
açoitarem os rochedos; posso jurar
que ouço a tua voz me sussurrando ternura eterna.
...Doces ilusões as minhas.
Mas como são breves algumas eternidades...
Com os dias alguns esquecem
Desfalecem a paixão
Folhas caem ao chão
Novos outonos...
Novos verões,
... Novos.
Outros permanecem.
Eu permaneci.
Canso o papel, gasto a caneta
É a tua presença imortal, em cada linha
O que foi areia que escorreram por entre os teus dedos,
para mim, foi, e ainda é.
Meu amor.
Sempre, universo.