Aceita café, um pedacinho de bolo? Quem... Ricardo Ferraz
Aceita café, um pedacinho de bolo? Quem sabe um suco, ou apenas um cafuné, qualquer coisa que te faça se sentir melhor? Se precisar eu te ouço, mas se quiser, eu fico apenas calado, te olhando. Se preferir ficar sozinha, tudo bem, eu entendo, não é porque estamos longe dos olhos que deixa de existir no coração. Sabe, tem horas que a gente quer cuidar, mesmo sabendo que não adianta muito, porque tem coisas que não nos pertence, mas a gente quer cuidar de alguma forma. Não é se tornar um mega chato, ou um puxa saco que mal o outro espirra e já grita: "saúde". Não é aquele tipo de pessoa que ao ver um pingo d'água já corre com aquele guarda-chuva horroroso, com arame torto, soltando das pontas, parecendo uma freira por cima da cabeça, só pra te proteger, pra não se molhar. Não é aquele tipo de pessoa que segura a roleta do ônibus para que quando passar, ela não resvale em seu cotovelo. Não, não é nada disso, é que tem coisas na vida que a nossa própria vida nos pede pra tomar conta, não por obrigação, mas por amor, por querer bem, por querer ver a pessoa bem. Nem sempre é querer ser apenas presente, muitas vezes é por estar e não por ser. Eu sei que não toma café, mas se mudar de ideia, eu faço pra você.
Ricardo F.