Dando corda a um falso moralista O tal... madamavizza
Dando corda a um falso moralista
O tal do falso moralista, aquele que acha prega os bons costumes e a moral, por si só segue convicto de que age de forma íntegra, porém não para de habitar constantemente a atmosfera de seu mundo de ilusões.
Um digno moralista falso pode passar a noite afora narrando e criticando os fatos corriqueiros da vida um outrem, sem ao menos reconhecer que isso é errado, e ainda se colocar como protagonista de tal enredo e ressaltar com profundo afinco a sua não existente reputação ilibada.
Foi numa noite chuvosa, que acredita-se que a tal moralista se mostrou tão puramente idônea que até ela mesmo acreditou que fosse capaz de tamanha façanha.
Numa roda de amigos, situada nos corredores de uma universidade, eis que surgiu Mirella, uma garota falante, que de tanto falar, entediada não só os colegas, mas todos desconhecidos à sua volta também.
Pois bem, Mirella, dispôs-se a contar que num passado não muito distante, Allisson, outro aluno do curso de Letras, certa vez agiu de um modo regido pela má fé, como também teria sido grosseiro de mão cheia, tão grandioso era o ego de Mirella, que o processo de narrativa ia pra lá e ia pra cá, tão redundante era ela, a falante menina, que a todos ela enchia, a falácia daquela terrível falsa moralista a cada segundo que se passava parecia mais que nos acometia.
Foi no ápice do calor do momento, que deveras Lourena, uma outra menina, interviu em favor de Allisson, o menino ao ver de Mirella, que não passaria talvez de um pateta, surpreendendo aassim de ímpeto a narradora tão dedicada, engraçado mesmo foi a cara de espanto que nasceu na face de Mirella, a tal garota tagarela, ao saber que era apenas para a melhor amiga de Allisson, que ela, aquela cadela, estava de tabela a mais de não menos tediosos trintas minutos, a grasnar.
Por mais que, exponha-se ao ridículo um verdadeiro falso moralista, ele sempre estará na pista, a espera de alguém disposto a escutar as suas teatrais chorumelas.