Máquinas Humanas A vida moderna ao... Edna Frigato
Máquinas Humanas
A vida moderna ao mesmo tempo em que nos tornou seres sedentários nos transformou em escravos do tempo, remetendo-nos a um ritmo de vida alucinante, biologicamente desumano.
Submissos ao senhor absoluto tempo, nem nos damos conta da velocidade a que somos submetidos.
Nesse corre-corre desenfreado não nos questionamos o porquê de tanta pressa, sequer paramos pra pensar que quanto mais corremos, mais perto do destino final chegamos. E o destino final indistintamente é o mesmo para todos - a morte.
Perante a imensidão do universo a vida é um sopro, um breve vôo de borboleta. Então que tal começar a andar mais devagar? Parar jamais, mas caminhar numa velocidade que nos permita contemplar a vida em sua plenitude, admirar a beleza de tudo que nos cerca, observar os detalhes, sentir com todos os sentidos, nos tornarmos templo de uma poesia viva e atuante, penetrar na intimidade mais profunda do nosso eu, atravessar essa tênue linha que separa sonho e realidade e sem pressa alguma viver intensamente cada segundo dessa dádiva maravilhosa que é a vida.