PASSANDO O BASTÃO Nas provas de... pão_diário
PASSANDO O BASTÃO
Nas provas de atletismo de Seul 1988, a equipe de revezamento 4×100 m
dos EUA era, sem dúvida, a melhor. Alguns até diziam que era a melhor da
história. Carl Lewi s e Calvin Smi th estavam entre os corredores mas foram
desclassificados. Um dos componentes entregou o bastão fora dos 20 m
destinados para tal fim. Nas corridas de revezamento, a maior parte do sucesso
não está em quem são os componentes da equipe — claro que isto é
importante, mas em passar o bastão corretamente.
A meditação de hoje poderia ser dedicada, em primeiro lugar, aos mais
velhos, mas creio que todos nós temos algo que aprender desta história. Em
muitos aspectos, a vida é como uma corrida de revezamento. Alguns já estão
correndo enquanto nós crescemos, e chega o dia em que nos passam o bastão
e nós começamos a correr, até que podemos passar o bastão à geração
seguinte. É assim em quase todos os aspectos da vida, e é assim também na
vida espiritual e na igreja.
Nós jovens devemos receber o bastão dos que estão correndo agora.
Não podemos ficar quietos enquanto eles perdem suas forças porque, no final,
talvez todos percamos a corrida. Cada um deve correr durante uma época
determinada da vida, e ninguém podem, nem deve se esconder. Você deve
começar a trabalhar já, deve começar a ser útil, deve começar a aquecer motores
para que possam passar-lhe o bastão no momento oportuno: se quando
chegar o momento, você estiver parado, vai custar muito ganhar a corrida.
Os mais velhos devem ajudar os mais jovens a pegar o bastão. Se você já
tem idade para passar o bastão, não prossiga correndo “em seu ritmo”; pense
que outros mais jovens podem correr mais que você. Você já trabalhou muito
tempo, já foi útil. Agora ajude alguém, para que este também possa correr!
Não fique parado, pensando que ninguém precisa de você somente porque
já entregou o seu bastão. Lembre-se que o jovem necessita de alguém
que corra os primeiros metros com ele. Alguém que lute com ele, chore com
ele, inclusive que cometa equívocos com ele, até que possa correr sozinho!
Esta é, também, a única forma de aprendermos a passar o bastão a outro:
sem a ajuda dos corredores mais experientes, é quase impossível.
Tantos e tantos revezamentos, tantas e tantas situações da vida nas
quais, necessitamos aprender as lições da corrida: no trabalho, na carreira, na
igreja, no serviço a Deus. Corra em equipe! Prepare-se para receber o bastão,
para correr e para dá-lo a outro! A vitória final depende de você. Jaime Fernández Garrido