_Se ador é infinito para o qual... Celso Roberto Nadilo
_Se ador é infinito
para o qual saboreia
o prazer da vida e da morte
diante instantes que mar se torna tormenta
sendo singular no teu peito
amargura desfreada
sorrateiramente as sombras da alma perdida,
o fluxo da despedida torna se o frio
para o qual se aprofunda em um abismo.
enterrado entre os céus
a dor mais cruel parece um sonho
entre tantas despedidas,
a pura virtude do infortúnio
ao lapso de lembranças tortuosas.
em desejos plenos de solidão...
julgo o preludio de tantas vidas,
na perdição que aflora em templo
exaurido das extremidades
pode se até virtuar o sentimento que morreu.
em meio ao asfalto quente o corpo definha
meramente atroz em um âmbito
de tantas vozes se calam na escuridão,
seja apenas um instante adquerido
no auge ínfimo da tristeza até horizonte
morto mais ainda sussurra entre manto do alvorecer,
sentimento inóspito,
fagulhas de esperanças gotejam
sobre a lapide do algoz mero ser virtuoso,
para tanto um pesadelo...
até que morte nos separe,
mas, te amo... para sempre_