Quando se descobre que ama, normalmente... Paulo Henrique Batista
Quando se descobre que ama, normalmente já está se amando. O amor para o dramaturgo grego, Aristófanes, era único, tão único que apenas duas partes diferentes de um mesmo corpo, teriam que se reencontrar para que houvesse a junção dessas duas metades. O amor é a vontade desses corpos que um dia estiveram juntos, se entrelaçarem novamente. Para mim, o desejo, a paixão do novo é que fazem todos os corpos se acenderem. O reencontro, em si, é a realização do inesperado. Como poderia o amor ser algo tão relapso? Ser intenso nem sempre acompanha bons momentos, porém a intensidade carrega consigo o anseio de se ter reciprocidade, atenção, conexão.