CONTO DE NINGUEM Essa história poderia... Cleuta Paixão
CONTO DE NINGUEM
Essa história poderia ser a minha, mas é conto de ninguém.
- Uai sinhá Ineizinha!
- Ninguém se não é nenhuma pessoa é quem?
- Uê!
- Poderia ser vosmecê ou alguém, mas é conto de ninguém.
- Ah! Sinhá! Alguém eu não identifico quem. É ninguém?
- É!
- É ninguém com alguém, como eu e vosmecê. Slave and mistress. Black and white.
Bem assim: num vocábulo do tempo da senzala em tempo de se cuidar do linguajar. Onde toda palavra que se diz tem outra interpretação e pela conotação reação mediática.
Num?
- É! No interior de... Tá tudo mudado.
- Tá, Sinhá?
- Alto lá, tá é tá e basta!
Pré conceito é agressão aos novos conceitos. E armar o povo, não é mais instruir e ofertar conhecimento. Voltou ser outro tempo. O tempo do Lord of slave! Até açoite tão dando. Outros mandando. Éh! Vosmecê precisa entender. Tão é tão.
E alguém evoluiu mesmo sem saber quem! E ninguém regrediu, só se descobriu!
- Sinhá, ninguém ficou nu com dorso de fora como outrora?
- Não!
- Ah! Sim! Parece bem assim.
E agora é hora de black on white como a sinhazinha que ouviu ser ninguém, e que chegou na idade que ela se dá ao direito de usar o suporte que lhe convier com a palheta da sua vivência e se colorir como quiser.
E hoje quer ser Black! Mas é white! E é Indigenous! E all the people of the land.
E a tal que ouviu ser ninguém, sabe. Criar é de graça. Só pode alguém que entende ser não a graça do nada que custa ninguém. E sim a graça da superioridade que dons lhe concedeu. E ninguém sabe o quanto estes dons muito lhe custa. Money não compra dom e money ninguém tem. E se money não têm para alguém é ninguém.
E se vosmecê ouve bem entenda, sinhá compreende que se tudo que alguém tem é money, não compra o saber de ninguém. E ninguém vale nesta vida mais que alguém!
E bom evitar contenda de alguém com ninguém por vintém. E conserva o money que é tudo que tem.
E ninguém, que money não tem, conquista com seus dons mais que vintém ou money de alguém.
Falo por falar, vosmecê deve saber, Conselho igual ninguém nada deve valer.
Autoral: Cleuta Paixão
Todos os direitos reservados a autora protegidos por lei específica até que alguém lhe tire esse direito também.