E foi depois daquele dia doze de abril... Manuela Saraiva
e foi depois daquele dia doze de abril no tatame que aquele garoto que eu não ia muito com a cara me beijou e mudou tudo em mim. passamos por muitas coisas, mas nem tudo foi como esperávamos. Só o que me dói é lembrar o quanto ele mentia pra mim ao dizer que me amava, que nunca ia me magoar e que não havia segredos entre nós. se ele diz que seu coração só bate por ela, então por que ele ouve aquela música que eu sempre ouvia e que eu mandei pra ele no cd ? eu só queria que ele soubesse que, por mais que eu me force a esquecer, é nele que eu penso ao ouvir alguma música que fale de saudades, porque é isso o que eu mais sinto daqueles momentos malucos que nós passávamos juntos. a gente estava junto no banheiro do bar, no banheiro da festa, no terraço da festa, no chão da festa, na cadeira da festa, dançando na festa, abraçados na rua, cantando na rua, no banheiro da casa da mãe dele, brincando de pique-esconde, até de madrugada no msn, falando no telefone até as três da manhã, gritando, puxando, beijando, abraçando, amassando, gostando, arranhando, sempre assim e você ainda insiste em demonstrar que não sente falta de mim. é, passaram-se cinco meses desde aquele primeiro dia doze e o diogo, aquele 'insuportável', já não está mais ao meu lado para levantar a minha cabeça quando eu sentir vontade de chorar, já não está mais ao meu lado pra me fazer sentir o quanto eu era importante na vida de alguém, já não está mais ao meu lado pra me dizer o quanto eu sou chata e farofeira, já não está mais ao meu lado pra me desconcentrar e me fazer esquecer de mim, já não está mais ao meu lado pra me fazer a mais feliz do mundo mesmo com todos os defeitos e problemas que tínhamos. é, já não é mais assim. cinco meses e é o fim.