Porque não é esperança a morte a quem... celso roberto nadilo

porque não é esperança a morte
a quem interessa,
perfeita para tantos
para ambos desaparece,
num ar que julga o destino que braça,
momento inóspito,
dia que nunca amou.
o sono é tortura
a morte a redenção,
para tais a surpresa,
insanidade tanto lhe quero,
pura esperança,
um mergulho na escuridão,
sentimento que some no esquecimento,
poucos compreende,
o destino lhe torna pó,
o mundo lhe contraria,
mas, silencio lhe dá resposta,
num dia vejo por-do-sol,
as lagrimas são verdadeiras,
se perdem no anoitecer,
bem com mais vez a luz se apaga,
sem aplausos ou espectadores,
apenas o reflexo de sombras,
vultos que se decompõem,
por tanto um desejo perdido
querer e ter tantas diferenças,
absurdo ainda sentir,
involuntariamente passos no escuro,
apenas o frio que abrange o frio,
num gole de veneno,
desejo afio entretanto arrepio,
celestino ar que passou sobre tumulo,
a cronica virtuosa que se da com a fome,
alma que desdem o espirito...
singular em poucos instantes,
te vejo uma unica vez,
apuro que insano continuar,
bem profundo que seja...
eu a senti tão distante,
sob a escura noite
o espaço tem tantas dimensões.
e o sonho se vai em sonso tenor
desatino de repente,
tantos atrativos num pensamento
do espaço neutro,
trovões de decepções,
pura vaidade dentro de ilusões.
arranhões e cortes dentro de prazeres,
limitações do mente pode fazer.
vertente em brasas no repetir
alucinações mais uma dose.