Sinto o sabor salgado Escorrendo por meu... Victor Querino
Sinto o sabor salgado
Escorrendo por meu rosto
Uma lagrima quente
Em um inverno gelado
Lágrima que aquece
Já que você não está aqui do lado
Por minha pele desce
Rasga como um machado
Machado que usei
para entrar em seu coração
Volta de um jeito violento
Me deixando machucado, caído ao chão
Chão ríspido, agonizante
Nesse inverno sem piedade
Chove lâmina cortante
Me impede de levantar de verdade
Sigo me arrastando
Sentindo o sabor do mar
O mar mais salgado
Chegando a boca secar
Em meio ao sangue
Tão lindo e vermelho
Um ciclo vicioso
Me doei por inteiro
Doi essa lágrima
Deixa uma marca, um vazio
Que permite entrar o frio
Não vai ser a última
Doi essa lágrima
Na noite chega com espírito voraz
Faz mais uma vitima
Não me deixa dormir em paz