Gente que queira amar a gente. Cresci, e... Jussara Rocha Souza
Gente que queira amar a gente.
Cresci, e os sonhos bobos de menina viraram responsabilidades.
Hoje vejo como a busca desenfreada por ter ou ser, nada representa diante da pureza e da beleza da alma.
O corre corre do dia a dia deixou para trás os bom dia, o abraço, o aperto de mão. São olhos assustados, o rosto mascarado, o querer desconfiado.
Procura-se afeto, gente sem placas de pare, gente que queira ser gente, simplesmente, gente.
Estamos sendo rotulados, e o pior, estamos nos deixando rotular, por marcas de roupas, calçados, bolsas, que bom quando éramos apenas nós, sem rótulos ou marcas.
Procura-se alguém que aprendeu a dar valor ao singelo, que o corpo é apenas uma veste, o comum, o simples, podem ser excepcionais para quem tem olhos especiais.
O medo nos transformou, roubou nossa paz e nos fez estrangeiros, racionalizou emoções, congelou corações.
Procura-se gente sem medo de ser feliz, pois o mundo está por um triz.
Dispa-se de seus medos, de suas marcas, rótulos, afinal somos moldados por um mundo descrente, frio e repleto de temores, quem sabe um aperto de mão à seu irmão, comece hoje, o amanhã pode não existir.
Procura-se gente, que queira amar a gente!