Reféns da saudade Em algum ponto da... Carlos Reis Agni
Reféns da saudade
Em algum ponto da vida, me tornei refém do tempo, como ponteiro de relógio que não passa, que ficou perdido em apenas um instante, onde as horas não fazem sentido, que é o labirinto da saudade onde eu, por me tornar vivo, por te ter como minha metade, me senti definhar no tempo pelo efeito que decompõe as minhas celular e átomos, tornando-me naufrago em um invisível destino entre o desejo e a saudade.
Mas, o que me importa, se o tempo zomba de mim? Se podemos tornar eterno um aparente curtíssimo instante em uma eternidade, onde os elementos são teu cheiro, teus beijos, teu olhar e o desejo que nos torna cúmplices do instante eterno dos nossos sentimentos.
Quando amamos, somos capazes de construir o tempo.