- Macaco mandou uma vogal e três... Vinicius Silva Fidelis

- Macaco mandou uma vogal e três consoantes, é o título.

Macaco mandou.
Que brincadeira interessante.
Eu nunca percebi, até hoje.
Submetido às vontades de um macaco.
Estúpido de risadas numa brincadeira peculiar.
Ela já me ensinava o que, mais tarde; pois é.

Não sei porque as pessoas ainda insistem em brincar disso comigo.
Acredito estar bem velhinho pra brincar disso, não é mesmo?! Eu, eu já tenho até barba!
Mas hoje em dia é uma brincadeira mais séria, nem sei como, mas é.
Talvez não querem perceber ou já brincaram tanto que...
Uma vez ouvi um homem, pouco quadrado, dizer que alguns gostam de brincar, outros, que precisam e outros, são obrigados.
Engraçado alguém ser obrigado à brincar não é?!
Os meninos e meninas estão cada vez mais sérios, um dia desse vi que estavam jogando sem o macaco.

Enganado está quem pensa ser só no Brasil.
Um mochileiro me contou que em outros países as pessoas brincam da mesma forma.
Na China é ainda mais sério que aqui no Brasil.
Dizem que lá eles procuram pelo macaco.

Mas eu tenho que admitir, é uma brincadeira boa. Tão boa que até os meninos grandes brincam.
Já está ficando estranho, porque eu não sou grande, mas se eu for brincar, somente se eu for o macaco.
Eu sei que tem meninos que querem ser só o macaco. Até hoje eles brigam pra quem vai ser macaco.
Já foram duas brigas bem feias. Não quero nem ver a próxima.

Claro, há alguns dizendo que vão brincar em outro lugar, não aqui, nem na China.
Mas eu não sei não, acho que eu não quero me submeter à requisitos pra brincar em outro lugar.
Dizem que lá o macaco é com 'm' maiúsculo. E ele só manda o que você pede.
Que maneira engraçada de brincar sozinho de macaco mandou.

Tem uns velhinhos como eu que brincam realmente sozinhos. É válido, eles dizem.
Há aqueles que sozinhos não conseguem. Acho que porque nunca foram o macaco.
Ó que terrível, nunca ser o macaco.
Estúpidos de risadas numa brincadeira peculiar.

"Mas o que vale mesmo é brincar!?" - Foi macaco que mandou
Eu não, não mais.
Agora risadas de uma brincadeira peculiar.