Das minhas ânsias, medos e fobias, vim... Larissa Larkin

Das minhas ânsias, medos e fobias, vim recentemente amadurecer a ponto de conduzir esses devaneios para que disso retirasse algo que prestasse. Como se de toda essa melancolia eu fosse resgatar aquilo que perdi no momento que me deixaram ir, ou aquilo que pensei em dizer e não disse, ou os amores que cultivei no peito e precisei arrancar suas raízes. Tentando buscar aquilo que me foi tirado a força, de uma dor unilateral tão pesada e fria, conduzia facilmente esses pensamentos para lugares felizes onde não encontrasse mais meus medos e inquietações que me faziam duvidar da capacidade do mundo de ser bonito. O mundo inteiro grita, “não confia, ninguém presta”. Para que você molde sua alma pra viver numa casca onde tudo que está dentro, permanece dentro e o que está fora, permanece fora. Fugindo todos os dias da aspereza da vida e da forma como ela conduz essa dança de dor pra lá e dor pra cá, parafraseando músicas de gosto questionável em bares para saciar a sede de ser liberta das inibições cotidianas. Eu mesma sabendo das cicatrizes, abro a janela do “bom dia” todos os dias para tentar algo novo, e durmo pesado mesmo sem ter alcançado o desafio. Caminho calma nessa corda bamba de emoções e sentimentos, tentando dar tempo ao tempo que costuma organizar muito mal seu tempo, e fazendo dores se tornarem intensas demais por longos períodos, a fim de botar à prova sua sanidade mental. Não são tempos fáceis para os sonhadores, e pra ser sincera, duvido que sejam tempos fáceis pra quem quer se seja...