São duas as moradias sagradas que todos... Graça Leal

São duas as moradias sagradas que todos temos e que merecem o respeito irrestrito de cada um de nós; a morada da alma, que é o nosso corpo, e a morada do corpo, que é a nossa casa. Quando estes lares não são preservados com o devido, e sincero, respeito que merecem o indivíduo demora para perceber, ou nunca percebe, mas passa a ficar exposto às mazelas do mundo, fica sem teto emocional e moral e passa a vagar frequentemente pelas ruas da depressão, do vazio e da solidão em companhia das perturbações e das frustrações atraindo tudo, e todos, cuja as energias são inferiores, uma vez que as energias positivas não se sustentam ao seu redor, sequer nele próprio. Este torna-se um zumbi alucinado, sem rumo e vulgar, porém cultiva o entendimento de que é alguém livre exercendo o seu direito individual de ser e fazer o que bem deseja, contudo desatento, completamente, à diferença entre a liberdade saudável e permitida e a liberdade insana e depreciativa.
Ao relento, para qualquer ser humano, seja em qualquer circunstância, é muito difícil encontrar paz, estabilidade e segurança, porém, mais difícil fica se o relento for uma escolha por desprezo à valores essenciais, e mais catastrófica, ainda, são as consequências desta escolha quando a vaidade e o orgulho o impede de reconhecer o caos o qual mergulhou.
É só o descaso com as nossas moradias sagradas que nos levam ao caos pessoal? NÃO, porém este descaso é um excelente potencializador dos variados caos que já habitam o indivíduo