Coisas que poderiam mostrar-me em... Arcise Câmara
Coisas que poderiam mostrar-me em ângulo desfavorável
Muitas vezes quero surtar e paro para refletir o que as pessoas vão pensar de mim. Não tenho estomago para tomar atitudes por impulso e depois me arrepender. Perco muito tempo analisando como devo me comportar. Cansei da vida dos impulsos e arrependimentos.
Cansei de ódio de mim mesma, cansei de ser infeliz noite adentro, pensando nas coisas ruins que fiz ao longo do dia, cansei de desembaraçar minha sensibilidade. Nunca fui acostumada a contatos sociais fáceis e calorosos, tenho dúvidas quanto a isso.
É difícil falar livremente tudo que eu penso, o mundo está cheio de má vontade, as pessoas estão acostumadas a diminuir uns aos outros. Sempre fui direta ao dizer a verdade, mas esse não é um bom caminho.
Eu não resisto aos impulsos, estou consciente da minha vulnerabilidade, das minhas flutuações de humor, de qualquer significado emocional que o impacto disso me traz. Seria desonesto eu discordar de tudo que sinto.
Sentia-me aprisionada nas minhas atitudes, muitas vezes revigorante e perturbadora. Tinha sentimento de distância em relação as pessoas e uma preocupação exagerada com opiniões dos outros.
Mantive em cativeiro permanente das emoções, escutei as batidas do meu coração, evitei o poder de estar certa, aprendi a relevar comportamentos alheios, sem submissão e sem autoridade.
Falo por mim, não por você. Eu me incomodo com muitas coisinhas, isso me deixa pouco à vontade em revelar minhas facetas. Ignoro qualquer pergunta que não quero responder, finjo que não ouvi, nisso sou boa. Quem não obedece a si mesmo é escravo dos outros.
Preciso de envolvimento pessoal para evitar confusões, evitar discussão e surtos. Dá resultado. A gente fica mais minimalista nas atitudes, fica mais compreensiva e sensível, promete a si mesma não atirar a primeira pedra.
Espero confortar as personalidades de quem assim como eu precisa de conselho que enfoque a vida feliz e mais leve.