Jardim de trabalhadores Perto das velhas... Suelen Queiroz
Jardim de trabalhadores
Perto das velhas fábricas,
em uma pequena ilha de servos.
Jardim de pobres almas mecânicas respiram a fumaça química.
Os homens amaram sonhos
nas engrenagens das máquinas e no cimento.
Em bordas metálicas remendadas com pesadelos tristonhos
desses tempos de esquecimento.
As cores dos frutos no cheiro da primavera.
Eles renunciaram aos ruídos brutos: martelos de aço, fornalha infrutífera.
E a felicidade de óleo, graxa e querosene, do sangue do operário, a gangrena do maquinário.
Toda essa vida triste perene.
Dois passos para as portas da miséria, operário.