Os Amantes Amaram-se como amam dois... Carlos Humberto Pena

Os Amantes

Amaram-se como amam dois amantes
Da felicidade beberam toda a taça
Todo o vinho, todo o cio... de graça

Amaram-se como amam dois amantes
Somente pele e boca e mamilos e mãos
Em cada grito, greta, gole... mãos

Amaram-se como amam dois amantes
Sem palavras, sem pressa, sem “não”
Sujaram-se e fundiram-se no chão

Dois amantes não fazem escolhas
São como o tempo passando
Ou uma brisa espalhando as folhas
Nascem e renascem se amando