As janelas da alma Quanto a ver das... Ivie Picanço

As janelas da alma

Quanto a ver das minhas janelas
Manhãs, tardes e alma incertas
Coisas ruins, coisa belas
Se mostram pras janelas abertas

No filtro sensível leve se sente
Sem filtro fica assim meio tonta
Mil coisas embaralha tua mente
Paisagem cruel em ti monta

Essas janelas me expõem
Eu vejo lá fora e internalizo
E no ato expresso meu sentir
Minhas dores eu sinalizo

Assim fecho as janelas
Na ilusão do não sofrer
Mas triste constato o ilusório
Meu coração sente sem eu ver

As janelas abrem e fecham
Num contagiar que inebria
Mas elas não vêem só tristeza
O meu eu busca harmonia

Eis o segredo que aprendo
Vida passa olhares cem
Nesse piscar não me rendo
Posso mudar o foco ao bem

Entenda o real da sua mente
Hora ela sobe, hora desce
Você vê o que tem à frente
Mas foque no que engrandece

O coração percebe sem mentir
Já que sua alma não permite antolhos
Então preencha do bem seu sentir
Com as janelas da alma que são seus olhos
(Ivie Violet Picanço)