[...] mas eu queria muito que não me... Ricardo Ferraz
[ ...] mas eu queria muito que não me esquecesse. Que quando estivesse bem velhinha, com a casa cheia de netos, correndo por todos os cantos numa noite de Natal, de repente, você olhasse pra dentro de si e me encontrasse lá, e desse um sorriso, sabe aquele sorriso bobo? Queria realmente que não fosse apagado de sua memória, que se lembrasse de mim não como o maior amor da sua vida, não como o melhor, como o mais chato, o mais irritante, ou o que mais lhe tirava do sério, mas como um amor comum que seu coração jamais se esqueceu. Eu queria tanto que nunca me esquecesse. Que eu fosse inexplicavelmente alguém que existiu, e, que se ainda estiver vivo, ainda te carregará por ai, em algum lugar do mundo. Só queria que se lembrasse do quanto foi amada, só isso.
Ricardo F.