SER (soneto) Sou o devaneio que crasta,... Luciano Spagnol - poeta...
SER (soneto)
Sou o devaneio que crasta, que crasta
Sem governança, sem fim, sem medida
Vou empurrando a ventura que arrasta
As vaidades, isolando o mérito da vida
Sou o tempo no tempo que vergasta
Os segundos, e os pondo de partida
E em cada minuto o minuto se vasta
Formando o destino na direção parida
Nada pode cessar os meus danos
Tão pouco modificar esta corrida
Passo adiante, assim vão os anos!
E nesta tal avenida, tudo é ousadia
Pois a temporada é muito reduzida
E ser, a única importância de valia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando