TÉDIO Sobre o meu poetar, como uma sina... Luciano Spagnol - poeta...
TÉDIO
Sobre o meu poetar, como uma sina
Tal ave de rapina, pesa a monotonia
Despovoando os versos, na surdina
Ilustrando a poesia de turva predaria
Oh! Escrever no silêncio, e inquilina
A solidão, sem sonho e sem alegria
Sem uma idéia e sensação cristalina
Faz o tédio ao poeta sua companhia
Ah! Deixar de fantasiar este ensejo
O pensamento no vão, a alma fria
Se a luz está escura e assim velada
Como posso avivar o meu desejo?
Se dorme numa catedral tão vazia
E lá fora a vida está abandonada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando