Há uma infinidade de coisas que eu... Fragmentos e Pensamentos -...
Há uma infinidade de coisas que eu queria fazer e ter que aceitar que não poderei faze-las, é deveras devastador.
Eu queria faze-la rir convulsivamente de coisas idiotas todos os dias. Assim, por mais exaustivo que sua rotina tivesse sido, ela conseguiria esquece-la, ainda que apenas momentaneamente.
Eu queria tira-la da rotina. Arrasta-la comigo sem dizer para onde e na verdade, queria arrasta-la sem ter um lugar definido, só sair, olhar estrelas, sentir o vento. Os momentos insanos e não programados tendem a ser os mais memoráveis.
Queria provoca-la na hora errada. Talvez ela ficasse com raiva e me ameaçasse, mas sei que mudaria de ideia quando ficássemos a sós.
Queria por ela no colo toda vez que estivesse prestes a desabar e sussurrar em seu ouvido que tudo bem, que ela podia cair, eu seguraria o mundo dela enquanto isso.
Queria abraça-la forte quando estivesse tendo um daqueles pesadelos e cantarolar baixinho até voltasse a dormir aninhada em meus braços.
Queria ser o motivo da alegria dela, da paz dela, ser o que a faz levantar sorrindo todas as manhãs. Queria ser o que a tira do eixo e o que a traz de volta. Queria ser para ela tudo o que ela é para mim.
Há uma infinidade de coisas que eu queria fazer e ter que aceitar que é outra pessoas quem as faz, é deveras devastador.