Alívio Dói-me a alma e é tanto o meu... Liliana Oliveira
Alívio
Dói-me a alma e é tanto o meu sofrimento
Quero aliviar-me, acendo um cigarro
E esta estranha espécie de sentimento
Vai saindo na forma de catarro.
Emoções loucas, malucas
Sai tudo pela boca, num bramido
É o desespero que escutas
De quem acredita estar tudo perdido.
Tenho a consciência a ferver
Para este crime não existe redenção,
E continua loucamente a doer,
Acabou-se a alegria, o amor, a paixão.
No túnel apagou-se uma luz
Já nada a minha alma ilumina
Tudo está perdido...
Agora é a raiva que me conduz,
Por isso, apenas imagina,
O tamanho do meu bramido!