O imortal E o mortal, olhos à espreita... Eduardo Flávio Jacob (...
O imortal
E o mortal, olhos à espreita
Em crer indefinidamente
Para no fim, iluminar tudo
De uma luz imortal e transcendente.
Minha alma imortal,
Cumpre da vida a loucura
Seja em vendaval
Ou em uma noite escura
Imortalidade, secreto escondido,
Risonho, lúcido, vidente…
Abandonar o sujo ao bem lavado,
O sátiro da cura luz pendente
Existir como se é,
É ninguém mais no mundo,
E se cada um e todos estão diferentes, isso é pertinente, é imortal
Amargar os lânguidos poemas,
O estrondo dos cativos
Que vai do topo ao chão em um segundo infinito, imortal
Abrir os olhos, ao fechá-los
Para o eterno Silêncio dos Espaços
E no silêncio sepulcral sentir-se o imortal.
( Prêmio Trevo de literatura, poesia agora verão/2018)