Abrindo as comportas da minha mente, me... Wesley Nabuco

Abrindo as comportas da minha mente, me esvazio
Libero os trancados e deles se desencadeiam adjetivos

Em um sub-mundo de ego tenho meu reinado, sem leis e ditadores

Sem louvores, sem amores, apenas nos picos altos e baixos de consciência

Tendo ali uma pequena doze do que é existir para si mesmo e não pros outros

Faço furos no meu próprio peito e não sinto, absolutamente nada… Fato da falta de existência de sentimentos

Algo surgi no meu auto ego, não me encontro mais no centro de mim mesmo

Me encontro nos lados, girando em torno de algo que coincidentemente tem a mesma noção de existência, que os sufoca, como um travesseiro nas mãos de um assassino

Tento atingi-la com o foco em outra coisa, das coisas que tento nenhuma me distrai

Me perco no cansaço, que é a tentativa de pensar em outra coisa a não ser você

Tornei-me uma flor, desabrochando e mostrando a minha beleza

Não perdi os meus espinhos…Não seria frágil a esse ponto!

Mostrei a você o que tinha de melhor em mim, fui arrancado do meu nascimento solitário

E fui cortado e moldado ao seu gosto, logo apos todos os cortes, murchei e morri

Devo-lhe falar neste pequeno desvanecer, que se tivesse cuidado melhor de mim, dado mais da tua água, tivesse reparado mais em minhas pétalas e não em meus espinhos, germinaria o que não tinha antes de te conhecer

Amor, você foi como os açoites que marcaram Jesus, destruindo as defesas de uma mente cercada de proteção e deixando ruínas

Sei que como rosa, não poderia me abraçar, se machucaria com meus espinhos

Sei que foi necessário os cortes, para que meus espinhos não te machucassem, mas me corta o belo que te mostrei, apenas descartando os meus esforços

Foi algo determinante a crescer a minha dor, foi algo especial que se gerou em minha memoria, mesmo gerado em grande sofrimento, gerou momentos.