Entre tantos outros, ainda assim, há... Rogério Macena
Entre tantos outros, ainda assim, há algum caminho para muitos pés; entre tantas direções, ainda assim, há alguma escolha para muitas vidas.
Se você observar, não há nada absoluto que gere convicção sobre os desígnios da vida. No que diz respeito a assuntos mais profundos, nem a ciência entra em acordo. Chegamos aqui no mundo com a certeza de voltar para o início, ou seja, ser o nada que éramos antes de existir. Enquanto estamos aqui, relevamos, discutimos, refletimos, temos razões, cometemos equívocos, julgamos, pecamos, aprendemos, refazemos o que não deu certo... Entre tantas reações que exteriorizamos, ao final de tudo a gente se desconstrói e deixa de lado o nosso conhecimento, poder aquisitivo, conquistas... O que ainda se "eterniza" nessa vida, por um tempo limitado distante é o nosso legado: quem fomos, quem nos tornamos, qual a nossa parcela de contribuição para a humanidade.
Hoje, o que vemos é pessoas perdendo tempo dizendo que "A" e "B" estão erradas, que princípios seletivos devem ser seguidos e o que se distinguir desses preceitos, é precipício, é abismo para aqueles que seguem caminhos diferentes. Afinal, o que é CERTO? o que é ERRADO? Generalizando, isso é impossível de ser estipulado como modelo de regência de vida para a nossa sociedade. Há um leque de valores distintos, os quais devemos respeitar, mesmo discordando. Particularmente, a minha regência panorâmica de vida é "A PALAVRA DE DEUS", que para mim é expressa através de experiências vividas de pessoas inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, onde tal descrição Bíblica nos leva a enxergar o modelo da TRINDADE em que o PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO são um só, e a essa trindade devemos elevar a nossa devoção e seguir com veemência seus ensinamentos escritos no LIVRO SAGRADO. E mesmo ainda nesse campo cristão, há divergências. Mas qual a reflexão que eu quero trazer? E a "PALAVRA DE DEUS" não é o ponto final? Para mim, é, com toda a certeza. Creio no Cristo, no seu poder de transformação, de restauração... Mas, para as religiões Afro, talvez não seja a luz, o ponto final; para as crenças aversas ao cristianismo, como o próprio ateísmo, esse não é um critério seguido por eles para encontrar a "salvação". Então é válido salientar que não somos o dono da verdade, o senhor da ciência revelada; somos mais um nessa confusão de línguas. Se quisermos influenciar, mostramos o nosso caminho, a nossa preferência, a nossa base. Afrontar, intimidar alguém como desculpa pelo que nos orienta a viver uma vida "perfeita", não leva ninguém a nada, muito menos, convence.