Sou o que sou e nada vai mudar, quero... Pietro
sou o que sou e nada vai mudar,
quero acreditar, num futuro melhor,
um plano simples, um bom dia qualquer,
uma reta com curvas, sem placas e sinais,
é tudo intuição ou julgamento.
num dia chove, e no outro chove mais,
sinto na pele uma falta de sentir,
um frio na espinha me empurra pra frente,
mas até quando?
buscando pensamentos e lugares que nunca existiram,
pra aliviar dores e passados que não desistem de existir,
é tanto peso, e tanta falta de peso,
é o meio termo de calor e frio,
é o tempo perdido que buscamos recuperar,
é a janela que nunca abre.
esperar o que, e pra que? sentir o que e pra que?
este mundo é dos fortes,
dos fortes que não sentem,
dos fortes que fecham os olhos pro sofrimento alheio
dos fortes que são fracos,
dos fortes que tem medo de experimentar a tristeza e se apegar a ela.
outro dia, um rapaz, com olhar melancólico, sentado sem sentar,
olhando sem olhar, sentindo sem sentir, buscando o que não sabe.
mais um dia, um rapaz, com olhar alegre, tentando só amar,
olhando pra buscar, engolindo o sentimento, tentando sem saber.
a cada lagrima, uma gota de sentimento e de vida cai dele,
a casa suspiro, uma nova tentativa de ver o que está na frente,
mas tem gente que precisa de óculos especiais.
a vida continua, com ou sem amor, com ou sem esperança,
porque se não for assim, de que adianta?
mas há esperança no fim no tunel,
cliche ou não, sim há esperança,
esse lugar que colocamos os pés,
desde o nascimento até o final,
onde crescem hábitos e flores,
ainda existe esperança.