Devaneios altruístas de uma mente... Leonardo Monteiro Macedo
Devaneios altruístas de uma mente abstrata.
Sem forma exata, sem motivo, sem noção. A mente divaga, sorrateira, por um fio, o limite entre o sentimento e a razão.
Estimas que pareciam seletas, muito bem escolhidas, agora já não são.
Ao passo que a vida, outrora divertida, toma rumo invertido num simpósio de emoção.
Ah, quem dera as escolhas feitas refletissem por completo a intenção do coração. Todavia fugindo ao controle, o que foi estabelecido passa a ser compreendido como um erro, sem retratação.
Alma pesando, corpo sentindo, beira até a solidão. Embora esteja cercado, por amigos verdadeiros, de carinho e atenção.
Medidas tomadas sem sapiência, abandono de raciocínio. O que se pensava ser sim, na verdade era não. O que se pensava ser luz, era treva. O que se via como claro, escuridão.
Mas, na vida se ensina que na beira do abismo o próximo passo a ser dado é em outra direção. Muda-se o sentido, e o que estava agredindo já não encontra ocasião.
Somente aquele que é forte encontra um norte em meio à provação. Diferente do ignorante que permanece, infame, seguindo o mesmo trilho que vai levar-lhe a um destino de medo e deterioração. Agora, já não se lança à sorte, o que na verdade é morte, tristeza e desolação.
A mente compreende, elabora e sintetiza uma definição. Passos mais curtos, dados com cautela. Que projetam, elucidam e determinam a tomada de decisão.
O passado serve de aprendizado e o futuro começa a ser determinado. Com a esperança de que, daqui para frente, não sofra a mente: Elucidada contra sofismas, quebrando paradigmas e estabelecendo a condução.