A LITERATURA NO CORPO Veio sem eu saber... Euclides vitória

A LITERATURA NO CORPO

Veio sem eu saber que vinha
Apareceu num belo dia em minha casa
Entrou na minha vida
Conheci e vi naquela sala
Falava da arte da estética e da literatura da paixão
Onde eu a vi na realidade
Era tudo ilusório no pretérito momento da bela vista.
Na sala, fiz estar mais ligada em mim
Falava Para ela da mimese de Platão e da catarse de Aristóteles
Que no final da aula surgiu em nós o efeito amoroso
Mas ela pensava sempre que fosse mais uma história, um conto de fada

Pensava que era o mito da alegoria da caverna
Precisava sentir os nossos corpos mais perto na sala
Que resultou no quarto e na sala
Não quero pensar no banheiro e nem na escada

Na cozinha passava-se o dia
Fervendo a carne
Só os vizinho podiam ouvir os gritos e o cheiro da paixão dos dois corpos

Já dava para pensar nas possibilidades da poética de Aristóteles

Os sentidos foram até aos corações dos dois
Mesmo tudo parecendo ser mimese de Platão

Foi necessário fazer uma intertextualidade das duas vidas
Buscando outros recursos daquele aula sobre literatura do amor

Fazendo uma verossímil
Tanto interna como externa dos dois corações
O que na realidade queria ou eram!

No final foram encontrando as metáfora em suas vidas