A razão é, eminentemente, senso das... Olavo de Carvalho
A razão é, eminentemente, senso das proporções. Quando ele falta, a incerteza resultante busca um alívio postiço imitando símbolos convencionais de equilíbrio, moderação, justiça e até bondade. Aí o fosso entre o sentimento subjetivo e a realidade objetiva pode aprofundar-se até dimensões abissais, tornando-se tanto mais intransponível quanto mais a alma se sente segura de poder atravessá-lo com a ajuda das muletas simbólicas que lhe dão a impressão enganosa de estar de acordo com o senso comum da humanidade.