É uma pena que levamos tanto tempo para... Thamilly Rozendo
É uma pena que levamos tanto tempo para assumirmos para nos mesmos que não aceitamos mais qualquer coisa. Qualquer abraço, qualquer beijo, qualquer afeto e qualquer relacionamento. É uma pena que tenhamos que nos ferir tanto, chegar ao nosso limite para contemplar e reconhecer a beleza de um amor maduro.
Depois de muito tempo entendemos que viver chorando não é sinônimo de amar demais. Que insistir em ficar quando o outro quer partir é um ato contra o nosso amor próprio. É uma pena ver que precisamos primeiro nos despedaçar para só então nos conhecermos de fato. Que precisamos aceitar tão pouco para vermos que aquilo não nos bastava. Depois de se achar problema, de tentar fazer dar certo inúmeras vezes, de insistir, de implorar para que o outro fique, a gente cansa. Desmorona. Mas se recompõe. E é ai que entendemos a beleza da parceria, da cumplicidade e do amor. Aquele amor bonito que a gente não sofre por amar. Aquele amor vivido e sentido a dois.
Como é saudável viver um amor sem medo, sem cobranças, sem jogos de desinteresse e sem insistência para o outro ficar. Como é bom ver o outro nos escolher todos os dias mesmo a gente não merecendo às vezes, como é bonito a serenidade de um amor tranquilo. Demoramos muito tempo para reconhecer o que é amor.
Demoramos muito para reconhecer a beleza da paz. A beleza de um amor maduro e que não nos faça mal. Levamos muito tempo para distinguir amor de apego. Amor de comodismo, Levamos tempo para reconhecer que rotina não é relacionamento e que estar junto não é necessariamente se relacionar. cumplicidade vai além de estar ao lado fisicamente e que mesmo depois de tanto tempo o amor só aumenta e jamais diminui e que não existe essa de “não ser mais novidade.” Demoramos. Mas aprendemos e é essa a beleza da vida: reconhecer e recomeçar.