Por vezes, chegamos quase a ponto de... Marcial Salaverry

Por vezes, chegamos quase a ponto de "entregar os pontos",mas algo lá dentro nos faz persistir,
não nos deixando entregar os pontos, embora estejamos quase em nosso limite...
Osculos e amplexos, Marcial

PERSISTIR É MELHOR QUE DESISTIR
Marcial Salaverry

Pelas chamadas "Coisas da Vida", durante nossa existencia muitas vezes nos vemos na contingência de testar nossos limites, seja de tolerância, seja de resistência, por estarmos quase entregando os pontos, no limite de nosso limite.

Não é apenas da resistência física que se fala, pois para testar estes limites, basta fazer exercícios físicos até nos cansarmos. E ela, com treinamento adequado, poderá ter seus limites ampliados até o organismo tolerar.

Contudo, a resistência de nossa alma, de nossos sentimentos, é algo meio utópico para se definir. Dificilmente poderemos aquilatar seus limites, pois sempre estamos sendo chamados a novos testes, a cada acontecimento importante em nossa vida.

Muitas vezes as feridas de nossa alma começam a latejar, e a coragem parece estar se esvaindo. Que fazer? Entregar-se à dor e ficar esperando as coisas acontecerem? É um desses momentos em que somos chamados a mostrar nosso valor e deveremos reagir aos contratempos, para pelo menos tentar continuar vivendo, entendendo que jamais devemos simplesmente entregar os pontos e assim, de alguma maneira, em algum lugar, precisamos buscar as forças necessárias para reagir, ampliando nossa capacidade de resistência.

Se conseguirmos resistir sem baixar a guarda mais um pouco, poderemos retomar o fôlego, e continuar a caminhada, mesmo que a derrota pareça estar nos chamando, e estejamos perto da desilusão total.

Sempre haverá quem nos estimule a parar e entregar os pontos. São os derrotistas, invejosos e maus amigos, aqueles incapazes de uma palavra de estímulo, aqueles que preferem subir à custa da desgraça alheia, do que por capacidade própria. A esses, é que nos cabe mostrar de que material somos feitos.

Deveremos procurar ouvir aqueles que tentam nos incentivar, injetando aquela coragem necessária, aquele gás que nossa resistência está pedindo.

Muitas vezes, precisamos reagir contra nosso inimigo interior, que é aquele pessimismo que tenta nos abater, aumentando a distância que nos afasta de onde estão nossos objetivos. Precisamos sempre acreditar que a linha de chegada está próxima, ou seja, que nosso objetivo está a nosso alcance, mesmo que ainda falte muito para lá chegarmos, quando sentimos o fôlego no fim, as asas quebradas, as pernas fraquejando, mas algo em nosso interior nos manda resistir, e é nessa força que precisamos buscar o que nos falta para conseguir a vitória.

Na verdade, podemos representar metaforicamente como a passagem da noite para o dia, quando a escuridão de nosso desanimo nos empurra para a desistência, para a escuridão, e vamos buscar na luz difusa da madrugada raiando, as forças de que precisamos para que o sol da felicidade pelo sonho realizado, pelo objetivo alcançado comece a brilhar novamente em nossa vida. São essas provas a que somos submetidos, para testar nossos limites. Se entregarmos os pontos, se não tivermos ânimo para enfrentar as adversidades, é porque realmente não reunimos méritos para receber o sol da manhã, e deveremos mesmo permanecer na escuridão.

Vamos sempre ampliar nossos horizontes, extrapolar nossos limites, sempre sabendo “puxar” de nosso interior aquela dose extra de força de vontade, que é o apanágio dos vencedores, daqueles que conseguem traçar seus objetivos, e chegar ao ponto final. Se dificuldades surgirem, podemos atrasar um pouco. Podemos recuar algumas vezes, fazendo um recuo estratégico, apenas para ganhar novo impulso e não esmorecer jamais, nunca esquecendo de que certamente o melhor de nossos objetivos é ter sempre UM LINDO DIA, que deveremos repetir a cada dia que está por vir em nosso porvir...