Águas pretéritas Sobre amanhã depois... José Regi
Águas pretéritas
Sobre amanhã depois da partida
Deixo os amores não vividos pulsando
Os choros contidos guardados
Para outros lenços molharem.
Nos jardim onde semeei minha singularidade
Entre os canteiros abissais.
Que outros colham a simplicidade do verbo,
Nos versos atemporais.
Que sejam as flores e suas matizes
A forma mais bela de compor uma historia,
E que estas tenham profundas raízes
Para sempre e além da memória.
O rio onde banhei meu corpo
Serpenteou entre pedras
Para levar um pouco de mim
Ao mar.
José Regi