QUANDO CHOVEU (reflexão sobre uma... Luciano Calazans
QUANDO CHOVEU
(reflexão sobre uma melodia homônima)
Em uma bruma qualquer da vida
Encontrei algo próximo da plenitude
Sem feridas ou chagas em nenhuma parte do corpo ( ou de mentes)
Chovia...
Era o céu em desmantelo ...
Suave derramar de um cheiro de alegria e fantasia
Transeuntes desatentos e ignóbeis em seus "possantes"
Pareciam vermes rastejantes alheios ao que ali acontecia
Naquele dia choveu...
Corpo que queria e transpirava a outra face
Jazia estatelado em frente à Deusa (chuva) e à outra parte em uma audiência de corações
Ah! Como é doce o poder que todos temos, que é a simples fantasia
Renegada por uma triste maioria
Que preferem o real ao sonho
Chovia fantasia naquele dia
Vem, ó magnânima e pungente chuva!
Vem e roça meu rosto alegre e revigorado por seu cheiro e sabor
O que era tristeza naquele dia
A sacramentada água da chuva
Consigo levou
Ainda que tardia
A alegria e esperança
Virá e verá com sua face enluarada
Tudo o que um dia o amargo levou
Naquele dia chovia união
Naquele dia choveu a mais cândida emoção.
Naquele dia, simplesmente chovia
Uma leve afeição.
Choveu quando encontrei a Deusa despida da angústia e aflição.
Naquela chuva toquei os pingos
Quando choveu as cordas do pinstrumento caíram em pranto.
Choveu.