JUSTO E FICO Não que sejas injusta É... Luciano Calazans
JUSTO E FICO
Não que sejas injusta
É da alma, do amo, da natureza
Não que eu seja vão
Não que que sejas não
É que em versos sãos
Impossível é traduzir
O meu querer, o meu sentir
Embora palavras não bastem
Bastardas palavras que escrevo
Saramago, Galileu ou Rimbaud
Também hesitariam o tentar
A tentação que são suas galáxias
Suas luzes, em vários pontos
Exclamação, continuar
Contínuo ar dos seus pulmões
Veja, ó menina...
Como sofro em uma explicação
Sinta, ó menina
O que sou é transição
Perpétua amplidão de sonhos
Toque, ó menina
A minha alma como um violão
Não nascemos para a perfeição
Mas de que adianta a perfeição
Sem o amor quente e puro?
De que adianta a solidão
Em seu vazio obscuro
Sejamos brisa e vento
Chão e firmamento
Amor exato, humano
Veja, ó menina
Simplesmente amo você
Ponto de exclamação.
Luciano Calazans. Serrinha,Bahia, 22/12/2017