Na sua pele Não, eu nunca estive! Não,... Eliane Reis
Na sua pele
Não, eu nunca estive!
Não, você nunca esteve!
Suposições são lacunas:
Vazias, cheias de talvez,
Cheias de quem sabe,
Cheias de Nada!
Não, você não sabe!
Não, eu não sei!
A dor que deveras sente,
Ou a dor que certamente sinto
Carregada de mentiras reais,
Ficções de um mundo paralelo
Meu, seu, de ninguém!
Não, eu não estou!
Não, você não está!
Não me venha com ideologias
Que eu solto as pedras que carrego
Elas aumentam o fardo vespertino.
Deixemos a Césares o ato:
O falho ato de lavar as mãos!
Não há julgamento, não haverá!
Não há crime, se o perdão antevier
É lícito errar em nome de si,
É LÍ - CI - TO!
Não, não é minha!
Não, não é nossa!
É a sua!
Sua pele, sua vida, seu caos!
Cale-se, diante do cálice do outro
Bebida amarga, só quem toma, sente!
Quando for na sua pele:
Aí, você decide!