Já mergulhei em águas rasas, a... Abrahan Rocha
Já mergulhei em águas rasas, a primeira vez foi no dia 1 de janeiro de 2007, uma piscina, águas claras azuladas, porém águas enganosas, fiz o famoso pulo "peixe" mergulhando, eu queria ir bem fundo. Porém exagerei na medida, bati o rosto no chão, fui poucos metros a frente, veio uma tontura, enjoou, ânsia de vomito, emergir rapidamente, medo de reações piores. Mas ficou tudo bem e passou, restou só aquele medo de pular novamente e ir fundo de mais. Algo superável.
A ultima vez que mergulhei em águas rasas, trouxe consequências piores, a primeira delas foi "partir" meu coração deixando dores imensuráveis; fiquei danificado, quebrado, partido, espatifado, fragmentado, estilhaçado, esfacelado, despedaçado, espedaçado, dividido, fraturado, rompido, deteriorado. Uma angustia com náuseas, mas não comuns, era uma espécie de dissabor. Ele aconteceu no dia 8 de novembro de 2016. Elas não foram sentidas de imediato, foi uma decorrência, subsecutivo, uma hemorragia interna, só pude sentir tempos depois, no dia 10 de maio de 2018. Esse mergulho não foi em uma piscina, lago, rio, mar. Nado do tipo. Foi em uma pessoa. Que mostrou ter profundidade, uma profundidade falsa, aparente, criada, fingida, ilusória, fictícia, inventada, simulada e quando mergulhei a água mal cobriu os pés. As consequências são das mais graves. Traz junto um trauma de nunca mais querer, mergulhar, confiar, acreditar em alguém. Fuja das pessoas rasas elas são as piores que existem. Antes de mergulhar em alguém, "entre andando" e veja se vale apena.