É, talvez eu seja mais que isso, talvez... Anônimo

É, talvez eu seja mais que isso, talvez isso seja apenas um esconderijo. Ou talvez eu não seja só isso.
Eu sou só isso.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. Essa flor negra que você não toca e que mesmo tão imensa, ela é desconhecida até pelo seu próprio dono.
E mudou a estação, mas o apodrecimento da carne diante dos seus olhos, além do que você pode enxergar, vai tomando uma imensidão devastadora, queimando por dentro e, sem dó vai corroendo os tecidos e pele presentes no interior do grande mar negro encoberto de rosas.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. E continua ali, como uma anestesia para as piores mentiras e apodrece, não chora, apodrece.
Você, me ver? Sou tua sombra enquanto anda nessa grande hipocrisia que é a sociedade.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. Maior que seu ego, maior que seu caráter que te faz tão pequeno, engolindo cada célula que te faz respirar, uma por uma.
Tá me vendo? Tô aqui, gritando você. Te persigo com meu olhar e te deixo pistas que preciso de sua mão.
Mas para sempre continuo aqui.
Você não me ver, não me escuta, não me sente.
Você não me ver, não me escuta, não me sente.
Três opções, três sentimentos, uma explicação.
Escuridão,
Lua,
Eu.