Suas palavras não tem lastro, poucos... Renato Figueiredo
Suas palavras não tem lastro, poucos foram os sentidos dos meus passos.
Desinformações vazias que demorei a descobrir. Inverdades verossímeis, em sua mão já comi.
Malícia na ponta da língua. No seio da mentira nenhuma semente vinga.
Nunca desejaria tamanho mal a ti, meu capital era o que mais desejava em mim.
Mulher irracional, inspirada em "Racionais", assisti de camarote a modernidade destruir muitos casais.
Escravidão consentida ainda é escravidão. Enganado, mesmo assim me sentia o vilão.
Desentendida, entendida na arte de ser vítima. Tantas lágrimas não podem ser falsas. Quem não acreditaria?
Frivolidade incontestável sua maior aptidão. Cinismo niilista não faz competição.
Camaleão do sentimentalismo, deusa inexata. Meu ego foi reduzido a pó enquanto o seu além do céu rumava.
Fugaz rota que leva ao típico regresso da vida. Não esperava que a flor mais bonita seria a que mais me machucaria.
Ciclo vicioso de amor e desamor. Minha letargia não supera seu rancor.
A pequena voz em minha cabeça se torna uma epifania. Difícil viver sabendo que seu amor não tem valia.
Trazendo a memória muitas inconveniências. Tempos sombrios de uma conturbada existência.
Citando todos os contras ignorados. Cego, atingido por dados inflamados de um cupido desocupado.
O precipício a minha frente é profundo e mal assombrado.Tenho que seguir como diz o ditado: Melhor sozinho que mal acompanhado.
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