O CASEBRE Márcio Souza. 26.04.18 Pobre... Marcio Souza

O CASEBRE
Márcio Souza. 26.04.18
Pobre e simples tapera perdida, abandonada,
Um semidestruído casebre perdido no tempo,
E que sobraram apenas paredes barreadas,
Maltratadas e surradas pelo açoite do vento.
Uma casinha modesta, simples talvez,
Construída de taipas, pobrezinha e sem cor,
Que ao passar do tempo, o sábio tempo desfez,
Ninguém sabe talvez, alguma história de amor.
Ela embora sem cor, mas com verde da mata,
Onde a vida caminha no seu passo a passo,
E que o som do silêncio se faz serenata,
Onde apenas se ouvem os cantos dos pássaros.
Uma velha árvore completa a tosca paisagem,
Que só o tempo que o diga a história dela,
Escorando o casebre e pedindo passagem.
Nos retorcidos galhos e as belas bromélias.
O que fora na vida, uma realidade e esperança,
Hoje, corroída pelo tempo, abandonada e só,
Vai enterrando, aos poucos, todo passado e lembranças,
As velhas paredes de taipas transformando-se em pó.
Essa imagem bucólica plantada no agreste,
No verde jardim, do velho e verde sertão,
Ao relento do vento e sob o sol do nordeste,
Dando prazer aos olhos da alma e ao coração.
Márcio Souza.
Foto: Lu Benjoino.
(Direitos autorais reservados)
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