đđđ đ«đđđš Esparsados... AD
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Esparsados escuto os passos
A marchar sobre o cadafalso,
Marcam borrados os desacertos
Que camuflados disfarçam
A sombra espraiada sob os pensamentos.
NĂŁo saberei da morte prematura
Mastigarei os dedos descartados
Escarrarei a palavra incerta
Com as entranhas escreverei
A tripla santidade da vergonha.
Se me arrasto ainda é pela esperança
Que deixei escapar sorrateira,
Sem saber dos sabores que a vida trouxe
E eu nĂŁo souber manter.
Queria saber o que fazer com as palavras
Se aos ouvidos sĂł Ă© dado saber
O que o mundo fala em segredo.
Segredo eu tenho que o mundo possa querer?
Duvidosa essa boca sĂł cala.
Saber, nĂŁo saber?
Viver, nĂŁo viver?
Prefiro a questão que faça sonhar
A uma certeza que faça matar.
E quĂŁo certo estĂĄ todo o mundo,
Sei nĂŁo me chamo Raimundo,
Mas tenho a solução e a rima
Guardadas na palma da mĂŁo
Saberei transformar em canção?
Deixo Ă s linhas meus nĂłs, que na palma da mĂŁo,
Duvidam, tentam bradar o mesmo nĂŁo,
Dos pesadelos que se vĂŁo pelos vĂŁos
Breves, entre as horas que me assombram,
Esperança, utopias, ilusão.