Charada no ar Deitado em um colchão... Rafael de Almeida
Charada no ar
Deitado em um colchão
Amarrado aos sentimentos terrenos presentes
Ouço o ar timbrar no véu do vento
Creio no que já não sei ser real
Hora cobro o que não posso cobrar
Velha angústia
Alicerçada na ansiedade da falta
Separação dura
Mata até os desalmados
Contudo
É possível viver sem a alma
Alma que outrora não se deixa amarrar
O custo influência
É caro não amar?
Charada no ar
E o restante no chão