Vítima da poesia Necessito dormir mas... Rafael Saúgo Menin
Vítima da poesia
Necessito dormir mas estou sem sucesso
Os grilos estão me falando que é a hora
Já era tarde e o sono havia ido embora
Fechar os olhos é tudo o que peço
Mas entendi o sinal do universo
Levantei e peguei o caderno em euforia
Levei um risco de emoção para dentro do seu inverso
Sou vítima da poesia
Eram as palavras culpadas pela insônia
O sentimento seu cúmplice imediato
Um cativeiro de visões para o poeta encarcerado
Versos que tiravam a respiração feito gás amônia
Escrevi, risquei, criei e renasci
Explodi, errei, acertei e conclui
Um resumo, um fruto, um filho
Um novo sol, um começo, uma bala, um gatilho